terça-feira, 26 de abril de 2011

Produtos da região serrana do Rio de Janeiro terão selo especial

26/04/11 

A região serrana do Estado do Rio de Janeiro (Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e arredores), devastada pelas chuvas no início do ano, terá ajuda extra para reaquecer seu parque produtivo.
O SEBRAE/RJ e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento confiaram à Crama Design Estratégico o desenvolvimento de um selo especial para identificar os produtos feitos naquela região. “A idéia é estimular o consumo solidário para ajudar a reerguer a indústria local”, afirma
Ricardo Leite, diretor de Criação da Crama.“Feito na Serra Carioca – Quem compra, ajuda a reconstruir” é o slogan impresso no selo. A estratégia de comunicação é focada no pedido de ajuda para reconstruir a economia local.

Fonte: http://www.embalagemmarca.com.br/

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ato público começa na praça, engarrafa o trânsito e termina em encontro com prefeito

Manifestação pacífica cobra planejamento e ação de reconstrução do município

Sindicalistas, partidários de esquerda e líderes comunitários promoveram terça-feira, 12, um ato público para lembrar a tragédia climática que devastou Nova Friburgo e também para cobrar das autoridades municipais, estaduais e federais planejamento e ação da reconstrução do município. A manifestação teve três momentos: discursos na Praça Dermeval Barbosa Moreira, caminhada na Avenida Alberto Braune e, finalmente, encontro entre os integrantes do movimento com o prefeito Dermeval Neto (PMDB).
Na Praça Dermeval os discursos foram contundentes, pregando dignidade, moradia e trabalho para as vítimas da tragédia climática. Os manifestantes cobraram aluguel social para todos os desabrigados e desalojados, o início imediato da construção das casas populares, a recuperação dos bairros atingidos pela tragédia, entre outros pleitos. Em seguida os participantes do ato público fizeram uma caminhada em direção à Prefeitura, fechando parte da Avenida Alberto Braune, o que causou um grande engarrafamento no trânsito central da cidade. Na Prefeitura, Dermeval Neto abriu as portas de seu gabinete para receber os integrantes do Fórum Sindical e Popular de Nova Friburgo.
Lideranças do ato público consideraram a manifestação positiva, porque “a população aceitou o convite e participou do dia de luta e também porque as lideranças puderam expor diretamente ao prefeito suas opiniões e angústias, sobretudo com a situação das vítimas da tragédia, apontando também o abandono dos bairros e distritos”, destacaram. Lideranças do ato disseram que “sempre no dia 12 de cada mês o ato público pacífico será repetido. Não se trata de entrar em rota de colisão com o governo municipal, mas cobrar planejamento e ação de reconstrução da cidade”, acrescentaram.
Ontem, 13, um dia após a manifestação, lideranças do ato público voltaram a se encontrar com o prefeito Dermeval Neto para entregar uma pauta de reivindicações. A nova reunião aconteceu no Centro Administrativo da Prefeitura (antigo prédio da Oi/Telemar).

Deputado entrega requerimento cobrando fiscalização de recursos da Região Serrana
O deputado federal Glauber Braga (PSB/RJ) protocolou na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados requerimento com propostas para fiscalizar os recursos que as cidades da Região Serrana do Rio receberam depois da catástrofe climática de janeiro. Além de fiscalizar, o deputado propôs também que a comissão receba das prefeituras das cidades atingidas informações indispensáveis na confecção de um relatório.
“Precisamos saber e entender onde os recursos estão sendo aplicados. Já tentei ter acesso a essas informações de forma informal e não fui atendido. Agora proponho que a comissão faça isso oficialmente”, cobrou.
Os membros da comissão ficaram de analisar o pedido do parlamentar. Glauber disse que, caso o seu pleito seja atendido, a metodologia da fiscalização poderá ser efetivada através da análise de todos os documentos relacionados aos contratos contemplados com a verba repassada pelo governo federal, atendimento aos programas de aluguel social, além de uma rigorosa fiscalização in loco para obtenção dos dados e informações necessários, com auxílio do Tribunal de Contas da União.










quarta-feira, 13 de abril de 2011

Três meses após chuvas, 60 famílias seguem em abrigos em Nova Friburgo


Moradores protestatam pela demora de recuperação em duas cidades.
As enchentes de janeiro deixaram mais 900 mortos na Região Serrana do RJ.

13/04/2011 08h01 - Atualizado em 13/04/2011 11h19 Fonte: Do Bom Dia Rio
Três meses depois das enchentes, que atingiram a Região Serrana do Rio, milhares de pessoas ainda tentam retomar a vida. Em Nova Friburgo, moradores ainda convivem com as consequências da chuva. No Centro da cidade, as quedas de barreira formam uma paisagem de cicatrizes na mata. A cidade teve o maior número de vítimas, foram 420 mortos.
Mais de 60 famílias continuam em abrigos públicos, recebendo comida oferecida pela prefeitura. As doações caíram 80% e o município ainda trabalha para concluir um estudo completo dos problemas provocados pelo temporal. Segundo o último levantamento da cidade, aponta que os prejuízos já ultrapassam um bilhão de dólares.
“Só Deus para dar conforto para as pessoas, os que ficaram. É muito difícil”, diz uma moradora. “Ainda não tem nem calçada pra gente andar”, completa outro morador.
Foram mais de 3 mil quedas de barreiras e, em Friburgo, 70 pessoas continuam desaparecidas. Em alguns bairros os imóveis a serem demolidos já foram identificados e 176 já foram derrubados.
“Nós vamos adotar medidas que possam minimizar possíveis efeitos de novas chuvas, mas vamos ter que conviver com alguns riscos ainda no próximo verão”, disse o coronel Roberto Robadey, coordenador de Defesa Civil da cidade.
Protestos
Em Friburgo e Teresópolis moradores protestaram pela demora para receber benefícios e da recuperação de áreas devastadas. Com faixas, cartazes e representantes com nariz de palhaço, grupos percorreram ruas das cidades. Em Friburgo, os manifestantes foram recebidos pelo prefeito e, em Teresópolis, entregaram à Câmara Municipal uma lista de reivindicações.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Prefeito e secretário de Educação distribuem kits escolares para 1.200 alunos

Abrinq doa mochilas e material para alunos de quatro unidades municipais
Na manhã de quinta-feira, 07, o prefeito Dermeval Neto e o secretário de Educação, Marcelo Verly, visitaram quatro escolas municipais, acompanhados do coordenador da Fundação Abrinq / Ong Save the Children (Bélgica) para a Região Serrana, Rodrigo D’Almeida, e do secretário de Comunicação, David Massena.
Seguindo o critério de carência ainda presente em algumas unidades, os alunos das escolas Lafayette Bravo Filho, Ernesto Tessarollo, Estação Rio Grande e Rui Sanglard foram os primeiros a receber mochilas e material escolar como cadernos, estojos (com lápis, esferográficas, cola, borracha, apontador e tesoura), régua, pasta de cartolina e lápis de cor.
As visitas provocavam alvoroço entre a criançada tão logo percebia a chegada da equipe do governo. Após os breves discursos de praxe, do prefeito e do secretário, Dermeval, Verly e Rodrigo distribuíam os kits. A satisfação estampada em cada rosto era evidente e contagiava professores, diretores, funcionários e visitantes.  
Em cada escola, uma recepção, um jeito de olhar a figura do prefeito e do secretário, com a curiosidade típica da infância. Mas bastava Dermeval ou Verly se dirigirem à “platéia”, brincar com um e outro, abraçar, fazer um carinho, e dizer coisas como “todo mundo tem que estudar para quando crescer fazer de Nova Friburgo um lugar muito mais legal ainda para se viver”, para os alunos descontraírem e retribuir os afagos.
Em cada escola, uma emoção. Em cada escola, a sensação, entre autoridades e professores, de que mais um passo foi dado em direção à realização de um sonho: formar verdadeiros cidadãos a partir de uma geração para a qual tem sido feito todos os esforços, principalmente levando em conta a tragédia que marcou para sempre suas vidas. Esta foi a tônica dos recados passados pelo prefeito e secretário em suas falas, nas quatro escolas visitadas.
- Saibam que vocês, crianças, são os meus heróis, a força que me move e me faz acreditar que vale a pena lutar, a cada dia, para recomeçar, fazer tudo outra vez. Se vocês são capazes de sorrir, ainda que estejam vivendo momentos de tantas dificuldades, percebo o quanto tenho a agradecer-lhes pela coragem que demonstram em seguir adiante. Sinto-me abençoado pela oportunidade de fazer alguma coisa pela nossa cidade e nossa população. Acreditem, não há obstáculos que não possamos superar. Obrigado por tudo e fiquem com Deus - disse Dermeval, cercado de crianças.
O secretário Verly agradeceu às diretoras, professoras, equipe e pessoal de apoio das quatro escolas pelo empenho e dedicação pelo retorno às aulas.
– É muito gratificante para a secretaria de Educação participar deste evento juntamente com o prefeito Dermeval. Hoje, com esta doação feita por um de nossos inúmeros parceiros, avançamos no sentido de suprir estas necessidades. Desta vez contamos com a solidariedade da Fundação Abrinq, na pessoa do Rodrigo, que está conosco desde o primeiro momento. Priorizamos as escolas localizadas em comunidades mais carentes e também mais atingidas e afetadas pela tragédia de 12 de janeiro. No entanto, tudo isso desaparece, ainda que por apenas alguns instantes, ao ver um sorriso e sentir a alegria de cada aluno ao receber uma simples doação como essa. Costumamos esquecer o que um gesto de carinho pode significar para nossas crianças. São momentos como este, como bem disse o prefeito, que nos revigora para seguir em frente, em prol da recuperação da Educação e da nossa cidade – disse o secretário, acrescentando que a parceria com a Abrinq continua para propiciar desdobramentos como a implantação de Espaços Seguros em várias escolas, um projeto que visa instruir e conscientizar os alunos sobre o meio em que vivem.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Nova Friburgohttp://secompmnf.blogspot.com (canal oficial de notícias)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Campanha entre Amigos movimentou o Ciep Licínio Teixeira

Ex-alunos da PUC promoveram uma série de atividades recreativas e doaram material escolar à Secretaria Municipal de Educação

Leonardo Lima

Durante o último sábado, 2, o Ciep Licínio Teixeira, em Olaria, sediou a “Campanha entre Amigos”, iniciativa promovida por ex-alunos da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Durante todo o dia, cerca de 20 voluntários prestaram assessoria jurídica e realizaram gincanas com crianças da comunidade, contaram histórias, distribuíram doces, chocolates e pipoca. Além disso, o grupo doou uma grande quantidade de material escolar à Secretaria Municipal de Educação.

“Somos 90% ex-alunos do curso de Direito da PUC. Vários de nossos integrantes foram presidentes e membros atuantes do diretório acadêmico. A faculdade acabou para a gente, mas a amizade ficou e decidimos nos organizar para ajudar a cidade”, explica um dos organizadores do movimento, Fábio Pimentel. Segundo ele, dois dias após o fatídico 12 de janeiro, o grupo se mobilizou e arrecadou três toneladas e meia de alimentos, que foram repassados à Nova Friburgo. “Temos contato com o Marcelo Verly (secretário municipal de Educação), que foi quem viabilizou e apoiou os Jogos Jurídicos no ano passado. Ele nos falou sobre o déficit de material escolar e disse que se conseguíssemos um quarto da lista do município já ajudaríamos muito. Felizmente, atingimos nosso objetivo”, afirma Fábio.
De acordo com ele, o grupo não pretende parar com suas ações em prol de Nova Friburgo nem tão cedo. “Fomos muito bem recebidos pela cidade durante os Jogos Jurídicos e esta é a forma que encontramos de retribuir tanto carinho”, revela.

Quem também acompanhou todas as atividades desenvolvidas no Ciep foi a promotora de justiça do Ministério Público local, Simone Souza. “Temos um secretário de Educação atuante e o apoio do Ministério Público. Ou seja, isso nos dá a certeza de que não haverá desvios. Muita gente tem medo de doar, mas aqui temos a certeza de que lidamos com pessoas sérias. Não há situação mais confortável para a gente”, disse o organizador da campanha.
Durante todo o último sábado a criançada participou de gincanas e contação de histórias, além de ter se deliciado com doces, chocolates e pipoca
Parte do grupo junto aos materiais escolares arrecadados: doações atingiram um quarto da lista de material escolar do município

Publicado em 06/04/2011 no A Voz da Serra Online

terça-feira, 5 de abril de 2011

Desabrigados da catástrofe de janeiro permanecem, sem alento, em abrigos

Publicado em 05/04/2011



Quase três meses após a tragédia das chuvas, os desabrigados continuam alojados no Serviço de Assistência Social Evangélica (Sase), em Olaria. A situação é preocupante, pois a maioria não tem nem previsão de quando retomará a vida e a população local reclama da desorganização e confusões causadas pelos moradores do abrigo.
Segundo Lucimar de Souza, que está no abrigo há aproximadamente um mês, a grande dificuldade é encontrar uma casa no valor do aluguel social, que é de R$ 500. Ela afirma que é muito ruim viver num local improvisado e não saber quando se conseguirá reconstruir a vida. Mas diz que todos são bem-tratados, orientados pela assistente social e têm consultas médicas.
Maria Helena passa pela mesma situação. Ela tinha casa própria e hoje divide um cômodo com mais seis familiares. “Eu prefiro ficar no meu quarto, improvisar um miojo para almoçar. É difícil conviver com muita gente junto”, desabafa.
No abrigo é possível observar a falta de recursos — paredes mofadas, crianças tentando se distrair com brinquedos quebrados e, às vezes, muito lixo espalhado pela calçada. Também não há nenhum tipo de controle e fiscalização na entrada e saída de pessoas. Para João Marcos, que mora no bairro, falta organização e liderança para essas pessoas. “Quando muitos adolescentes estão juntos costuma ter tumulto e não tem ninguém para orientá-los”, denuncia. 
Outros moradores também se queixam do mesmo problema, mas não quiseram se identificar. De acordo com um deles, desde a instalação do abrigo já foram constatados quatro roubos a residências, além de pequenos furtos. Segundo ele, as pessoas estão com medo de passar a pé em frente ao abrigo por conta dos furtos e das várias batidas que a polícia já deu no local.
Paredes com mofo e descascando fazem parte do cenário do abrigo
O lixo costuma se acumular no local

Fonte: A Voz da Serra