segunda-feira, 14 de março de 2011

Dois meses depois da catástrofe - Prefeitura precisa de doações e voluntários

Dois meses após a maior tragédia climática do país, a população friburguense segue apreensiva com possíveis novos deslizamentos e enchentes. As frequentes chuvas que caíram sobre a cidade nos últimos dias contribuíram para manter a sensação de pânico e impotência. Em alguns bairros da cidade, o cenário de destruição permanece desde o fatídico 12 de janeiro.


Prefeitura ainda precisa de doações e voluntários


A Secretaria Municipal de Comunicação afirma que a Prefeitura ainda trabalha para ampliar os programas sociais e dar moradia a quem perdeu tudo. Dos 89 abrigos oficiais cadastrados no início da catástrofe, 26 estão em funcionamento, recebendo 387 famílias. O aluguel social, benefício de até R$ 500 mensais, durante um ano, foi retirado por duas mil famílias, que aguardam nos imóveis alugados a construção das casas populares no terreno da Fazenda da Laje, em Riograndina. Aqueles que ainda residem em abrigos estão sob os cuidados das equipes da Secretaria de Assistência Social.
Segundo o titular da pasta, Carlos Antônio Maduro, o decréscimo no número de doações faz com que o déficit em produtos essenciais da cesta básica - como sal, açúcar, arroz, carne, óleo, leite, legumes, verduras e café - prejudique o planejamento da rotina de alimentação nos abrigos. 
Ele explica que as doações não podem cessar e solicita a quem foi solidário com as vítimas da tragédia que continue a direcionar donativos à cidade, pois o estoque de mantimentos organizado na antiga Fábrica Ypu diminui a cada dia. “Grande parte do grupo de voluntários, que teve papel fundamental durante o período crítico da tragédia, também já retornou às atividades rotineiras. A Prefeitura precisa que mais pessoas procurem a Secretaria de Assistência Social e voltem a nos ajudar nesse trabalho gigantesco de socorro aos desabrigados”, diz Maduro.



Mesmo após dois meses, há lugares que permanecem com a destruição e seguem assombrosos para os moradores. As comunidades de Córrego Dantas, Lazareto, Duas Pedras e Tingly ainda aguardam ações do poder público para que a vida possa voltar ao mínimo de normalidade



O deslizamento de uma encosta na Rua Asth, no Tingly, derrubou diversas casas e vitimou nove pessoas



Cenário de guerra: dois meses depois, muita lama e casas soterradas no Córrego Dantas



Fonte: A Voz da Serra







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